Em países desenvolvidos existem leis que protegem os recém-nascidos da escrotidão dos pais.
É proibido dar nomes que possam de alguma forma expor a criança ao ridículo ou a situações constrangedoras.
Aqui no Brasil não. A muquifagem é liberada. Além de ter filhos às dúzias, como os ratos, os pobres usam e abusam da imaginação e criam verdadeiras bizarrices capazes de deixar boquiabertos até os tabeliões mais calejados e experientes:
- Combinações
Geralmente pega-se o nome de pai, avô e mãe. Fica uma coisa mais ou menos assim: Claudemarioneide.
- Geografia.
De Uáchinton a Sidiney, o Mapa Mundi é um celeiro de inspirações.
- Show business
Os nomes mais populares do cinema e da música, reunidos numa única certidão de nascimento: Maicow Jéquisson Chuarzineguer Disney dos Santos.
- Nomes compostos
O pobre sempre sofreu com a falta de recursos. Portanto, acha que aumentando o número de nomes pode dar uma vida mais feliz ao filho. Caso de Roberto Carlos Augusto Pereira Rorigues Oliveira da Silva, 31 anos, Camelô.
- Letra Y
Tem Y no nome, é 94,7% de chances de ser pobre.
- Homenagens
De remédio a atacante do Flamengo: pobre adora uma homenagenzinha.
- Novela
A cada novela é uma enxurrada de fedelhos com os nomes dos mocinhos. O nome da vez é "Totó".
- Marcas
Eu mesmo já falei com um Philips e outro das antigas chamado Syncachambor.
- Eventos
O pobre não pôde ter vivido algo marcante na sua vida que já quer compartilhar com o filho. Exemplo: Udistoque, Rarley (o cometa) e o pior de todos: Tsunami.
- Confusões
Isso explica um conhecido, que se chama Pracedino. No dia, o tabelião perguntou: “Qual o nome”, ao passo que o pai respondeu: “Óia, é pra cê Dino”.
- Religiosidade
“O nome do meu filho vai ser a primeira coisa que eu ler na Bíblia”. Adivinha como ficou o nome do garoto? Sumário.
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